Nanã Buruku
Representação de Nanã Buruku. Foto: Pierre Verger. Falar de Nanã é uma tarefa muito difícil, afinal, falar de uma divindade tão antiga é algo que exige muita responsabilidade, dado ao fato de que a forma de cultuá-la ou de entendê-la tenha sofrido alterações ao longo de muito e muito tempo. Nesse texto não quero que se apeguem ao seu culto no Candomblé, nem na Umbanda. Claro que citarei como é vista e cultuada nessas religiões, mas meu foco aqui se dá no culto africano deste Orixá. Então pode ser que eu traga conceitos que divergem do que nos é ensinado aqui. Vamos lá! Tão antiga, quanto a Terra, Nanã tem seu culto originário em Dassa-Zoumé entre os povos Fon (Benin, Daomé) e Ewe (Togo), sendo cultuada como Deus Supremo. O povo Daomeano tem Nanã como Deusa Suprema da Criação, dando à luz ao espirito da lua “Mawu”, ao do sol “Lisa” e a todo o Universo. Isso torna autoexplicativo o significado de seu nome: Nana (antigo, velho) e Buruku (o nome de Deus) ou seja, “Deus Antigo